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Cíntia Maio-Matos

Formada em Ciências Sociais e Psicologia, mestranda em Administração Pública com enfoque em Gestão Avançada e Finanças, e especialização em Direitos Humanos e Questões de Género.

Nasceu na ilha do Fogo, acidentalmente (riso), na sequência da colocação da sua mãe nessa ilha como professora.


Aos seis meses de idade regressou a S. Vicente, onde fez os estudos primários e secundários. Seguidamente, seguiu para a cidade da Praia, mais uma vez, em detrimento da transferência profissional da mãe, onde concluiu o Ano Zero.


No início do ano de 2001 foi para os Estados Unidos prosseguir os estudos. Para o efeito, teve de trabalhar em diversos setores, nomeadamente, cuidar de bebés, rececionista de restaurante, bartender, etc. Para além disso, com intuito de conseguir um melhor salário para custear os estudos superiores frequentou um curso técnico de assistente médico.


Durante o trabalho como bartender teve o primeiro contacto com pessoas vítimas de tráfico humano, que lhe despertou a consciência dessa problemática impulsionando-a a procurar formas de lutar contra o tráfico humano, para além da violência baseada no género.


Nesta ótica, trabalhou como voluntária em diversas organizações, como por exemplo, Centro de justiça familiar em Bridgeport, CT e Centro de mulheres e família no mesmo estado, no qual recebeu uma formação para trabalhar a linha direta de crise de violência doméstica e agressão sexual. Simultaneamente, trabalhou como patient coordinator numa clinica de dores crónicas durante oito anos e meio.


Nesse meio tempo formou-se em Ciências Sociais e Psicologia na Universidade de Bridgeport em Connecticut.

Após a formação, iniciou o trabalho como gerente de Casos de Tráfico Humano CIRI (Instituto de Connecticut para refugiados e imigrantes) que proporcionava, entre outros, apoio e aconselhamento aos sobreviventes de tráfico e, em estreita colaboração com parceiros externos, eram vinculados a serviços médicos, jurídicos entre outros.


Durante esse período começou a ser solicitada, para realizar workshops e formações sobre tráfico humano e VBG em geral, bem como procedimentos conscientes de traumas nas escolas, universidades, locais de trabalho, hospitais, academias de polícias, etc.


Em 2018 iniciou o Mestrado em Administração Pública com enfoque em Gestão Avançada e Finanças, com especialização em Direitos Humanos e Questões de Género na Columbia University em Nova Iorque. Nesta universidade tem tido uma grande oportunidade de alargar a sua aprendizagem ao colaborar com organizações chaves no domínio de direitos humanos e VBG, nomeadamente, ONU, Amnistia Internacional, Human Rights Watch, etc.


No ano sequente foi desafiada, pela mesma universidade, a integrar-se na equipa do Departamento de Oportunidades Iguais e Ação Afirmativa, como gerente administrativa e de investigações.


Na qualidade de gerente e integrante da equipa de investigação tem tido como tarefa investigar casos de discriminação e assédio racial, de idade, de género, nacionalidade, orientação sexual e de casos de violência baseada no género. Para além disso, coordena e administra formações a estudantes, classe docente e não-docente sobre as múltiplas discriminações, o impacto das relações consensuais entre docentes e estudantes e assédio sexual no seio da comunidade universitária.


Até o presente momento tem dedicado ao trabalho de conscientização, prevenção e advocacia sobre tráfico humano, em colaboração com diferentes associações e organizações sociais, organizando workshops, palestras, debates comunitários, na promoção de apoio, não só aos sobreviventes como, por vezes, à toda família afetada.


Como forma de aprofundar mais os conhecimentos neste domínio no NCJTC (Centro nacional de treinamento em justiça criminal de Fox Valley) fez os cursos certificados sobre Violência de gangs, tráfico e trauma (2017); Violência sexual no ciberespaço (2017); Polivitimização e exploração sexual de meninas e mulheres (2018); o Impacto da polivitimização em vítimas de tráfico sexual (2018).


Também, em 2019 fez o curso certificado de justiça restaurativa, que consiste numa técnica de resolução de conflitos, por via de mediação, entre vítimas, ofensores e comunidade em geral.


Em 2020 fundou a marca cosmética Kryola Bliss com objetivo de angariar fundos para apoiar na criação de programas de empoderamento de mulheres e famílias vulneráveis e prevenção de violência baseada no género.


A marca, Kryola Bliss, foi inspirada na perseverança e resiliência da mulher cabo-verdiana, traços esses que acredita que a ajudou a superar as provações que viveu ao longo dos anos.


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