Jurista | Técnica de Gestão de RH | Gestora de conteúdos de Redes Sociais
Nancy Nery da Costa Lopes Teixeira, de 35 anos, natural da nossa Sra. da Luz, São Vicente, Cabo Verde. Viveu desde os zero anos até aos 11 anos, em Porto Novo, Santo Antão, ilha nativa da sua mãe, onde teve o privilégio de construir uma linda história na infância. É da geração em que as crianças saiam à rua para brincar ao ar livre, andar de bicicleta, mexer na terra, sem medo de assaltos ou vandalismo, diz. Fez parte de um grupo de dança chamado Florzinhas do Porto Novo, criado por sua mãe, onde faziam atividades pontuais de dança, no recinto 5 de julho. Adorava dançar. Também, participou no desfile de Mini Miss que era habitual ser feito, onde teve a oportunidade de ganhar os prémios de Mini Miss Fotogenia e 2.ª Dama de Honor. Foi onde surgiu o gosto pela fotografia, moda e dança, diz.
Em 2000, os seus pais foram transferidos de trabalho para a cidade da Praia, onde viveu até os 30 anos. À transferência para à cidade da Praia, levou-lhe a fazer muitas mudanças sociais, tais como, o de aprender a falar o crioulo badiu porque os seus colegas no liceu implicava a brincar com ela, toda a vez que, falasse o crioulo sampadjudu (risos), e também construiu novas amizades. Na cidade da Praia que construiu a sua história de adolescência que foi boa, frisa.
Em 2004, foi estudar no Brasil onde fez a licenciatura em Direito, por 5 anos. "Cada fase de vida é única e especial". Aos 18 anos, teve a oportunidade de conhecer uma nova cultura, novas pessoas e vivenciar novas experiências. Diz: “Sai do Brasil, mas o Brasil não saiu de mim. (risos)”.
Em 2009, regressou a Cabo Verde, onde trabalhou, na sua área jurídica, por 7 (sete) anos, no setor privado e público.
Em 2016, sentiu-se dominada por uma vontade de adquirir novas experiências, de crescer a nível pessoal e profissional e de ter novos desafios, daí que escolheu emigrar para Portugal, nomeadamente Lisboa, onde reside até a presente data. Os primeiros desafios começaram na falta de documentação legal, ou seja, título de residência ou nacionalidade. Por se tratar de um país Europeu, exige-se aos emigrantes, o título à (cargo) de trabalho ou residência legal nesses países, nomeadamente em Portugal. Inicialmente, o primeiro trabalho que lhe permitiu a sua legalização, não foi na sua área jurídica. A sua primeira experiência nova, foi trabalhar na área de Geriatria, como cuidadora formal de Idosos, numa empresa de renome no mercado de Lisboa. Conquistou a admiração dos seus superiores e a simpatia dos colegas. Através desse trabalho, desenvolvi novas habilidades, nomeadamente, de cuidar de pessoas idosas, ser paciente (sim, a paciência é uma habilidade que adquiriu-se), ter um sentido empático e humano. Todavia, por necessitar de adquirir mais competências técnicas em algumas áreas de "sonho", ela tirou o curso de Gestão Técnico de RH e Gestão de conteúdo de Redes Sociais. "Falta ainda eu fazer a minha pós graduação em Direito do Trabalho e Segurança Social."" Não nasci para ter competência técnica em só uma área." Estar a viver em Lisboa foi uma boa escolha. Possibilitou-lhe crescer, amadurecer e evoluir, muito, como pessoa. Nunca me arrependi de tal escolha (frisa).
Entrou num processo de autoconhecimento profundo, onde viu a importância de se ter uma identidade própria e ter a habilidade de construirmos a nossa própria e verdadeira história.
Hoje a sua perspetiva de vida é ser um bom ser humano e que possa inspirar e transformar a vida de muitas pessoas.
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